Messages in a Bottle

"... send something to the world..."

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terça-feira, janeiro 31, 2006

...almost there...

almost... ;)

segunda-feira, janeiro 30, 2006

inversão de marcha

há uns tempos atrás decidi não voltar a sentir.

assim como quem resolve deixar de fumar, eu decidi não voltar a sentir. simplesmente afastei os outros com um olhar gélido e uma palavra sarcástica - as armas que me restaram, depois de intensos anos envolvida num conflito armado sem pacificação possível, com os olhos feridos pelo napalm, com as cicatrizes daquilo que um dia foi uma ferida aberta, com as mãos e os pés cansados pelo desgaste da resistência...porque tenho o perfil de quem simplesmente não desiste e insiste em resistir (teimosia, dizem os outros, persistência, digo eu).

meses mais tarde, e sem aviso, dei por mim a sentir. houve outros que se aproximaram das minhas armas e as poliram para batalhas futuras. camuflados e sem receio da minha máscara de guerreira, ousaram esculpir um conto em tempo de guerra e quebraram o gelo do meu olhar. mas os ventos mudaram de rumo e nas minhas mãos uma granada rebentou. resisti e não desisti, mas percebi que sou incapaz de deixar de sentir, mesmo com as mãos estilhaçadas e com a cara desfigurada pelo tempo.

há uns meses atrás decidi não voltar a acreditar.

aprendi a lidar com o inevitável: não consigo deixar de sentir. por isso deixei de acreditar e limitei-me a ver as cores da guerra dos dias que escorrem. no calor da minha lareira enquanto os outros abraçam a guerra, finto as caras e desvio o olhar de quem ousa aproximar-se. protegida e sem receio dos estranhos soldados que correm para a frente da batalha mais temível, sorrio à morte com um olhar de desafio. e mesmo assim, dei por mim a acreditar num enredo fantástico em pleno campo de batalha, apenas por teres arriscado quase tudo para me dar um beijo em tempos de guerra - não hesitaste um segundo para ouvir o som da minha voz, não tremeste um instante ao derreter as defesas das minhas palavras. e sem saberes, fizeste-me acreditar.

há uns dias atrás decidi deixar-me surpreender.

domingo, janeiro 29, 2006

...


...fecha os olhos e pede um desejo...

sábado, janeiro 28, 2006

...


ETNYK
Travessa do Pasteleiro, n.º 18 (Santos)
inauguração: 28 de Janeiro, 18h

etnyk by segredarte

mestre Carlos:
como não posso desejar boa sorte, digo antes MUITA MERDA!

sexta-feira, janeiro 27, 2006

#

Match Point


Woody Allen
Scarlett Johansson, Jonathan Rhys-Meyers, Emily Mortimer
...


Munich

Steven Spielberg
Eric Bana, Daniel Craig, Mathieu Kassovitz
...

quinta-feira, janeiro 26, 2006

*

Para atravessar contigo o deserto do mundo
Para enfrentarmos juntos o terror da morte
Para ver a verdade para perder o medo
(...)
Cá fora à luz sem véu do dia duro
Sem os espelhos vi que estava nua
E ao descampado se chamava tempo

Por isso com teus gestos me vestiste
E aprendi a viver em pleno vento

Sophia de Mello Breyner Andresen

sábado, janeiro 21, 2006

...

obrigada...
...once and again!

terça-feira, janeiro 17, 2006

"ao menos não tem erros!"

Tudo não é mais que uma corrida.
É assim que eu vejo a vida. A minha, a dos outros...e mesmo a vida das coisas que correm à nossa volta sem darmos conta. E como tudo na vida, quase tudo é uma questão de ritmo, de intensidade, de vontades, de acidentes felizes e de pequenos percalços.
Quem sou eu no meio d’ isto tudo?
Acho que ainda estou a descobrir – e desconfio que a passo lento! E se por vezes, na corrida dos dias, tenho alguma pressa nessa descoberta, noutros momentos prefiro mesmo a ausência de definição e de rótulos predefinidos por quem não interessa. Não tenho pressa – mesmo que a vida não seja longa.
Gosto de andar pelas ruas, pelas esquinas, pelas estreitas ruelas em direcção a lado nenhum. Gosto das cores do céu quando o Tejo se despede de Lisboa por mais umas horas e de como os barcos insistem em atravessar o rio sem planos futuros. Gosto de olhar a vida da cidade na mesa do costume e de sentir as caras da minha vida enquanto as gargalhadas se soltam por mais um dia passado. Gosto do cheiro a castanhas assadas disperso pelas ruas e de ouvir a música da cidade nas mãos de um mendigo.
Há dias em que apresso o passo e chego mesmo a correr para chegar a um lugar, para encontrar uma pessoa, para desafiar o que não conheço, para me perder no meio das coisas. E há dias em que os minutos escorrem pelas horas e os segundos insistem em chegar atrasados a lado nenhum. E há dias em que chego ao final da história, mesmo antes de perceber o que se passou na corrida dos dias que passam.
E quem sou eu no meio d’ isto tudo?
Não sei...mas sei que gosto de Lisboa.

sábado, janeiro 14, 2006

"isto"

"isto é estranho"...
e eu repito, "isto" não é estranho, "isto" é simplesmente bom. e como as coisas boas acontecem poucas vezes e como as coisas simples são por vezes impossíveis, dizes que "isto" é estranho.
por isso eu repito, "isto" não é estranho, "isto" é bom. e , se quiseres, posso repetir as vezes que precisares até perceberes que é bom "isto" ser assim simples.

quinta-feira, janeiro 12, 2006

...

Foi sem mais nem menos
Que um dia selei a 125 azul
Foi sem mais nem menos
Que me deu para abalar sem destino nenhum

Foi sem graça nem pensando na desgraça
Que eu entrei pelo calor
Sem pendura que a vida já me foi dura
P'ra insistir na companhia

O tempo não me diz nada
Nem o homem da portagem na entrada da auto-estrada
A ponte ficou deserta nem sei mesmo se Lisboa
Não partiu para parte incerta
Viva o espaço que me fica pela frente e não me deixa recuar
Sem paredes, sem ter portas nem janelas
Nem muros para derrubar
(...)
Curiosamente dou por mim pensando onde isto me vai levar
De uma forma ou outra há-de haver uma hora para a vontade de parar
Só que à frente o bailado do calor vai-me arrastando para o vazio
E com o ar na cara, vou sentindo desafios que nunca ninguém sentiu

Entre as dúvidas do que sou e onde quero chegar
Um ponto preto quebra-me a solidão do olhar
Será que existe em mim um passaporte para sonhar
E a fúria de viver é mesmo fúria de acabar

Foi sem mais nem menos
Que um dia selou a 125 azul
Foi sem mais nem menos
Que partiu sem destino nenhum
Foi com esperança sem ligar muita importância àquilo que a vida quer
Foi com força acabar por se encontrar naquilo que ninguém quer

Música: João Gil
Letra: Luís Represas
Intérprete: Trovante
In: "Terra firme" 87

terça-feira, janeiro 10, 2006

crash into the stars

please, help me find my road map to the stars
just stay, for while
just make me fell you

hope you're ok, now
just bring me something new
to this world full of crazy people

you're all over me
and you just don't have a clue
why this is happen now

but,
fortunate accidents just happen,
just crash into the stars
just crash into me

segunda-feira, janeiro 09, 2006

...

"Ainda não acredito que namoro contigo"... Isto, dito assim, simples e sem rede, atingiu-me como uma coisa boa, doce, que se sente sem aviso.
E quando usamos as mesmas palavras tudo parece melhor ainda, tudo parece maior ainda. Tens o tempo de um cigarro para me dares um beijo outra vez, nem mais um segundo, nem mais um instante. Quero um beijo teu ontem - aquele que não me chegaste a dar, quando a noite era longa e o mundo uma vasta imensidão de tudo e de nada.
E é tão bom quando usamos as mesmas palavras. E quando as palavras se perdem num beijo, tudo é tão melhor, tudo é tão maior.

quarta-feira, janeiro 04, 2006

Lisboa...outra vez

pedras encaixadas nas ruas, nos passeios, na minha pele...desenham percursos e projectam sombras quentes p'la cidade.
hoje, hoje não vou fugir de mim. hoje, não vou fingir mais. hoje, serei apenas eu - como numa música simples, acústica, que diz tudo sem máscaras.
as pedras da calçada, um puzzle da minha vida, uma rua cheia de sol, os sorrisos das pessoas que passam e a cidade aos meus olhos.
já tinha saudades de Lisboa a esta hora do dia. já tinha saudades da vida das coisas ao sabor das ruas. já tinha saudades tuas, mesmo sem te conhecer como conheço Lisboa, mesmo sem te sentir como sinto Lisboa.