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quinta-feira, janeiro 12, 2006

...

Foi sem mais nem menos
Que um dia selei a 125 azul
Foi sem mais nem menos
Que me deu para abalar sem destino nenhum

Foi sem graça nem pensando na desgraça
Que eu entrei pelo calor
Sem pendura que a vida já me foi dura
P'ra insistir na companhia

O tempo não me diz nada
Nem o homem da portagem na entrada da auto-estrada
A ponte ficou deserta nem sei mesmo se Lisboa
Não partiu para parte incerta
Viva o espaço que me fica pela frente e não me deixa recuar
Sem paredes, sem ter portas nem janelas
Nem muros para derrubar
(...)
Curiosamente dou por mim pensando onde isto me vai levar
De uma forma ou outra há-de haver uma hora para a vontade de parar
Só que à frente o bailado do calor vai-me arrastando para o vazio
E com o ar na cara, vou sentindo desafios que nunca ninguém sentiu

Entre as dúvidas do que sou e onde quero chegar
Um ponto preto quebra-me a solidão do olhar
Será que existe em mim um passaporte para sonhar
E a fúria de viver é mesmo fúria de acabar

Foi sem mais nem menos
Que um dia selou a 125 azul
Foi sem mais nem menos
Que partiu sem destino nenhum
Foi com esperança sem ligar muita importância àquilo que a vida quer
Foi com força acabar por se encontrar naquilo que ninguém quer

Música: João Gil
Letra: Luís Represas
Intérprete: Trovante
In: "Terra firme" 87

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

... a música da minha infância... quantas e quantas viagens não fiz ao som destas palavras e de outras dos «Trovante»...
a sorte de continuar perdido tens destas coisas... por vezes, se não muitas vezes, para não afirmar que «todas» as vezes, a «fúria de viver é mesmo a fúria de acabar»... eu estou absorta ainda de qualquer sentimento de indignação afim de tomar o «tal» passo, mas falta pouco... a minha ira começa a tomar forma, eheh!!
Não sei se este teu post ainda está relacionado com os outros que mencionam o facto de andarmos à procura do caminho, mas não resisto a uma piada de teor político: que a fúria seja intensa a todos nós para que este fim-de-semana que se encontra no horizonte, este «já» que está a porta, o de dia 22!, alguma coisa mude... e para melhor! não vamos repetir a mesma «merda» de sempre!!! chega de marasmos!!!

14/1/06 09:34  
Anonymous Anónimo said...

Como tinha dado jeito a letra ontem, durante aquele viagem hiper desafinada, com destino a uma noite que prometia momentos altos! E depois do balanço feito, chego à conclusão que salvaste a noite graças à "encostas de penalva"... Isso é que foi...e da tua face brotou um rubor...e que rubor! Só te digo uma coisa, ontem estavas selvagem...Para a semana promete. Curiosamente foram estas as palavras que após algumas horas de sono foram possíveis...

15/1/06 16:37  
Anonymous Anónimo said...

Se eu soubesse que tudo ía mudar desde essa noite...teria perdido o medo e terme-ía decidido. Pois foi, perdi o "timming", perdi a viagem...chumbei no "test"!E agora só me resta seguir viagem por essa 125 azul...Vens comigo? Diz que sim...

27/1/06 20:34  

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