"ao menos não tem erros!"
Tudo não é mais que uma corrida.
É assim que eu vejo a vida. A minha, a dos outros...e mesmo a vida das coisas que correm à nossa volta sem darmos conta. E como tudo na vida, quase tudo é uma questão de ritmo, de intensidade, de vontades, de acidentes felizes e de pequenos percalços.
Quem sou eu no meio d’ isto tudo?
Acho que ainda estou a descobrir – e desconfio que a passo lento! E se por vezes, na corrida dos dias, tenho alguma pressa nessa descoberta, noutros momentos prefiro mesmo a ausência de definição e de rótulos predefinidos por quem não interessa. Não tenho pressa – mesmo que a vida não seja longa.
Gosto de andar pelas ruas, pelas esquinas, pelas estreitas ruelas em direcção a lado nenhum. Gosto das cores do céu quando o Tejo se despede de Lisboa por mais umas horas e de como os barcos insistem em atravessar o rio sem planos futuros. Gosto de olhar a vida da cidade na mesa do costume e de sentir as caras da minha vida enquanto as gargalhadas se soltam por mais um dia passado. Gosto do cheiro a castanhas assadas disperso pelas ruas e de ouvir a música da cidade nas mãos de um mendigo.
Há dias em que apresso o passo e chego mesmo a correr para chegar a um lugar, para encontrar uma pessoa, para desafiar o que não conheço, para me perder no meio das coisas. E há dias em que os minutos escorrem pelas horas e os segundos insistem em chegar atrasados a lado nenhum. E há dias em que chego ao final da história, mesmo antes de perceber o que se passou na corrida dos dias que passam.
E quem sou eu no meio d’ isto tudo?
Não sei...mas sei que gosto de Lisboa.
É assim que eu vejo a vida. A minha, a dos outros...e mesmo a vida das coisas que correm à nossa volta sem darmos conta. E como tudo na vida, quase tudo é uma questão de ritmo, de intensidade, de vontades, de acidentes felizes e de pequenos percalços.
Quem sou eu no meio d’ isto tudo?
Acho que ainda estou a descobrir – e desconfio que a passo lento! E se por vezes, na corrida dos dias, tenho alguma pressa nessa descoberta, noutros momentos prefiro mesmo a ausência de definição e de rótulos predefinidos por quem não interessa. Não tenho pressa – mesmo que a vida não seja longa.
Gosto de andar pelas ruas, pelas esquinas, pelas estreitas ruelas em direcção a lado nenhum. Gosto das cores do céu quando o Tejo se despede de Lisboa por mais umas horas e de como os barcos insistem em atravessar o rio sem planos futuros. Gosto de olhar a vida da cidade na mesa do costume e de sentir as caras da minha vida enquanto as gargalhadas se soltam por mais um dia passado. Gosto do cheiro a castanhas assadas disperso pelas ruas e de ouvir a música da cidade nas mãos de um mendigo.
Há dias em que apresso o passo e chego mesmo a correr para chegar a um lugar, para encontrar uma pessoa, para desafiar o que não conheço, para me perder no meio das coisas. E há dias em que os minutos escorrem pelas horas e os segundos insistem em chegar atrasados a lado nenhum. E há dias em que chego ao final da história, mesmo antes de perceber o que se passou na corrida dos dias que passam.
E quem sou eu no meio d’ isto tudo?
Não sei...mas sei que gosto de Lisboa.
3 Comments:
... os erros são aquilo que nos definem enquanto indivíduos únicos e particulares. A cidade, os lugares que nos circundam, as suas características, são também assim... desiguais, iguais, de certo modo, a nós mesmos. E a vida é algo mais que uma corrida, talvez a possas considerar um suspiro: é fugaz, efémera, intensa e cheia de particularidades que nos fazem apegar a esta «coisa» que ninguém entende mas se perde... Há dias, há pessoas, que nos fazem questionar tudo... de certo modo até é bom, mas a que te disse "... ao menos não tem erros!" ignora! continua na tua corrida, no teu passo desacelerado, na tua conquista do mundo - o teu - com o sorriso e as lágrimas que são necessárias... Lisboa espera por nós, na mesa do costume, preenchida por rostos desconhecidos, maltratados, que a vida é madrasta, mas repleta de uma beleza sublime. Os rostos conhecidos esperam por ti, na mesa do costume, com sorrisos, com lágrimas, de braços abertos, e uma sagres num lado e o «teu» moscatel no outro, com vista para o Tejo, para a cidade adormecida que nos acolhe em todos os seus recantos, e em todos os seus silêncios. E depois, quando estivermos bens instalados na nossa mesa, naquela, brindamos a mais um dia na tua corrida, no meu suspiro, e dizemos "que venham a puta dos erros. eu sou errante!!! mas sou «ninguém» perdido na mais bonita das cidades! Lisboa".
...mais palavras para quê?!
... mais que não seja para te roubar um sorriso ou para te relembrar das partes boas da corrida!
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