Messages in a Bottle

"... send something to the world..."

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Localização: Lx, Portugal

quarta-feira, novembro 30, 2005

tonight

Wraygunn no Santiago Alquimista...

...e já que estamos nas redondezas, que tal uma passagem pelo Lux?

terça-feira, novembro 29, 2005

o rescaldo de ontem

desculpem, mas é irresistível...



...e para além de se revelar um profundo conhecedor da retórica de JFK, a campanha está bem estruturada...



...e com tantos palhaços no circo...



* para quem quiser entrar na onda...

domingo, novembro 27, 2005

ontem e amanhã



amanhã...
o "Balancê" de Sara num regresso por que já se desejava...




ontem...
o último desejo com os Xutos a rebentarem o Coliseu e as músicas que não esquecemos a encherem a noite!


hoje...
é mesmo para o chá curar a ressaca...

quinta-feira, novembro 24, 2005

last night...

parte I


GoldFrapp
- bom som; gostei mesmo.

parte II


ColdPlay
- excelente sistema de luzes e Chris no seu melhor (sem ironias: gostei de meia dúzia de músicas mas a comparação com o concerto de Abril de 2003 - tour A Rush of Blood to the Head - é inevitável...)

parte III


Jim Dungo
- ritmo muito bom num ambiente descontraído - é pena ter sido a última noite...naquele bar!


...
e sair da cama para ir trabalhar é que foi uma m****...

quarta-feira, novembro 23, 2005

lugares estranhos

Apenas as folhas e os ramos balançam ao som do vento. A velha árvore junto à saída da estação não se move com as cores cinzentas de Sintra. Falta um mês para o Inverno e ainda não senti o frio chegar junto às nossas mãos.

Em Lisboa, as pedras da calçada espalhadas pelas ruas estão molhadas pela chuva que caiu, com as lágrimas que ofereceste em dias estranhos. E o cheiro a castanhas e o fumo das castanhas e as esquinas que permanecem no mesmo lugar e o eco das histórias que inventámos e o toque das tuas palavras e as tuas mãos no meu corpo e os teus olhos nos meus olhos e o sólido tronco da árvore junto à saída da estação de Sintra.

Tudo permanece no mesmo estranho lugar.

terça-feira, novembro 15, 2005

Romeu e Julieta



Teatro Municipal de São Luiz
10 de Novembro a 29 de Dezembro

A intemporal história de Shakespeare, ambientada na Lisboa da viragem do século XIX para o século XX.

William Shakespeare
encenação: John Retallack
interpretação: Albano Jerónimo, André Gago, Bruno Cravo, Carla Chambel, Custódia Gallego, Diogo Infante, João Lagarto, Marco D’Almeida, Pedro Caeiro, Rogério Vieira e Valerie Braddell.
música original: João Gil
cenografia: Hernâni Saúde
figurinos: Mariana Sá Nogueira
tradução e adaptação: Fernando Villas Boas

terça-feira, novembro 08, 2005


..

quinta-feira, novembro 03, 2005

uma boa noite



Jim Dungo
4ª feiras, Xafarix... quase a lembrar o velhinho Até q' enfim!

quarta-feira, novembro 02, 2005

terça-feira, novembro 01, 2005

ou outro dia qualquer...

é...vou esconder-me de ti para que não me vejas.
sente-me se tiveres coragem!



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DOMINGO, 26 DE NOVEMBRO DE 2006

morri!
..ou não percebeste a subtileza: o poeta morreu hoje e eu morri com ele.


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rasga..e rasga outra vez

podes rasgar esta carta e queimar todos os pedacinhos de papel.
espera uns instantes apenas...e une as cinzas com fita-cola.
lê o que sinto por ti as vezes que quiseres - ainda assim estarás muito longe do que as cinzas não contam.


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SEGUNDA, 27 DE NOVEMBRO DE 2006

sim, amo-te...e depois?

amo-te, pelo que és
amo-te, pelo que sou quando em mim estás
amo-te, sempre que somos nós

de todas as formas a que a mim chegaste, amo-te
por todas as lágrimas com que me arranhas-te, amo-te
plos risos que juntos sorrimos, amo-te

amo-te, pelos meus olhos nos teus
amo-te, pelos teus olhos nos meus
amo-te, pela luz dos nossos olhos sempre que juntos brilham

pla voz com que me pedes para te seguir, amo-te
pla música que oiço sem falares, amo-te
plas tuas frases que completo sem saberes, amo-te

amo-te, por todos os vestígios que deixaste e que por nós segui
amo-te, por chegares a mim sem eu saber quando sempre o senti
amo-te, não por te conhecer mas por te reconhecer em cada feitiço que me lanças

pelo que não dizes, amo-te
pelo que eu não te direi, amo-te
pelas palavras que sentem mas não amam, amo-te

plo beijo que é nosso, amo-te
pla lua que partilhamos, amo-te
pla noite que a saudade canta, amo-te

sim, amo-te...e agora?



...I just want you to know who I am
I just want to know you the way you are...



......................................................

queres que fique
- eu quero ficar
queres abraçar
- eu quero abraçar
queres beijar
- eu quero beijar
queres tocar
- eu quero tocar
queres sonhar
- eu quero sonhar
queres voar
- eu quero voar
queres amar
- que quero amar
queres viver
- eu quero viver

...mas deixas?




Quero tudo porque tudo posso querer
Mesmo que em troca receba uma mão cheia de nada
Mesmo que seja pó e não estrada
Mesmo que seja só mesmo rumor.
Quero tudo porque tudo posso querer
Porque tenho o desejo dentro
De voar mais veloz do que o vento
De rugir mais que qualquer tempestade
E de deixar marcas
A minha
E que me lembrem quando não for
Como quem tudo queria porque tudo se pode querer
Como quem ninguém limitou dentro
Mesmo ouvindo dela só o rumor

......................................................



repito mil vezes
chega...vai...parte...
mil vezes mil
parte...vai...chega...
essas vezes mais as outras
fica...aqui...vem...


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QUARTA, 29 DE NOVEMBRO DE 2006

pensar em ti faz-me sorrir
sentir-te faz-me andar
é para ti que eu sorrio
é para ti que eu ando




por não saber como usá-lo
guardei hoje o meu sorriso
fechei-o entre muralhas
por sem ti não ser preciso


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QUINTA, 30 DE NOVEMBRO DE 2006

sozinha e sempre contigo
com outros e contigo sempre
..banal eu sei

faltas tu
sem ti eu não sou
sem nós nós não somos
..não vás vem


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DOMINGO, 03 DE DEZEMBRO DE 2006

amo-te...
e as reticências são apenas para repetir
...amo-te

desculpa...
e as reticências são apenas para repetir
...desculpa

amo-te, repetem os meus olhos
desculpa, repete a minha boca que te beija
amo-te, grita o meu sorriso
desculpa, até sentir o nosso amor no teu sorriso

desculpa...
e as reticências são apenas para repetir
...desculpa

amo-te...
e as reticências são apenas para repetir
...amo-te


......................................................

eu sei que me sentes
sem me tocares
tal como eu te sinto
sem te tocar

mas deixa
os nossos corpos serem
um só
esta noite
e aquela também
e a outra a seguir

deixa o corpo sentir
o que a alma partilha

...não vás vem



que mundo estranho este...


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SEXTA, 8 DE DEZEMBRO DE 2006

entro
e os beatles chegam
também perto
do que nos faz ser
parvos
muito parvos
mas muito parvos
mas mesmo muito parvos

......................................................

continuas a dar-me
música e de ti
um pouco mais
dás sempre
que em nós
pensamos
sentimos
desejamos
enlouquecemos
sonhamos
amamos

......................................................

venho aqui para te amar
e acabo a escrever que te amo
venho aqui para te tocar
e acabas por me tocar não estando
venho aqui para te sentir
e acabo a sentir que te amo


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SEGUNDA, 11 DE DEZEMBRO DE 2006

quero-te!
onde estás?
quero-te!
porque vais?
quero-te!
porque não vens?
quero-te!

vem!
cala-te!
deixa-me tapar-te a boca
com o beijo
que o desejo grita
deixa-me tapar-te a boca
cala-te!
vem!


...cala-te...ou entra mosca ou sai asneira...cala-te!


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QUINTA, 18 DE JANEIRO DE 2007

mas o que raio é que andas a fazer? és capaz de me dizer?!...
eu sei que somos loucos...mas o que raio é que andas a fazer?

queres afastar-me?
queres partir?
queres provocar-me?

explica-me o que raio é que andas a fazer pois começo a ficar perdida com os teus gestos surreais - tens mesmo que beijar outros lábios à minha frente?!... já não bastam aqueles e agora outros também?!

...será que não sentes que não são esses beijos que me ferem por dentro? são os outros - aqueles que eu não vejo e que sei que existem...sinto-os de cada vez que os dás pela força com que me ferem sempre que para mim não olhas...

mas o que raio é que andas a fazer? és capaz de me dizer?!...
eu sei que somos loucos...mas o que raio é que andas a fazer?

a outra
aquela
a mesma
a recente
...somos tantas...
e eu quem sou para ti?
a tontinha que te sente demais?
sou apenas mais uma?...
ainda queres o meu toque?!...
o que queres de mim afinal?
para quê tantas?


e tu não és assim...nós não nos conhecemos mas eu sinto que tu não és assim - mas o que raio é que andas a fazer? queres deturpar quem és para eu desistir iludida com uma imagem que não te pertence? mas não devias já saber que eu te sinto para além das aparências?

mas o que raio é que andas a fazer? és capaz de me dizer?!...
eu sei que somos loucos...mas o que raio é que andas a fazer?

...e eu sei que sou parva, muito parva mesmo! mas há alturas de minha vida em que eu gostava de ser estúpida, muito estúpida mesmo e mais burra ainda - seria certamente mais feliz...


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SEXTA, 19 DE JANEIRO DE 2007

eu não te conheço e tu não me conheces
- o que nós temos é outra coisa


reconhecemo-nos sem nos conhecermos
sentimo-nos sem nos falarmos
desejamo-nos sem nos termos
amamo-nos sem nos amarmos

eu não te conheço e tu não me conheces
- o que nós temos é outra coisa...bem maior, mas outra coisa


......................................................

como podes estar tão dentro se não ousas tocar-me por fora?...
...a minha pele será assim tão repugnante?

se me conhecesses não me tratavas assim...
...dás-me o melhor e o pior de ti

e sei porque o fazes e até agradeço que o faças agora...
...com o bom ficamos e com o mau fugimos

mas já estava na altura de pararmos com estas apresentações abruptas daquilo que de pior somos - ainda acabamos por esquecer aquilo que de bom temos para partilhar...

não terás já percebido que o teu lado mau não me fará fugir? que o teu lado mau não é assim tão mau e o máximo que farei será rugir com um carinho?

não terás já percebido que as minhas esperas são uma mera reacção ao teu lado mau? que eu não sou assim e que também te mostro o que não sou?

mas já estava na altura de pararmos com estas representações abruptas daquilo que não somos - ainda acabamos por esquecer quem somos e acabamos por sermos quem não somos quando juntos somos sem sermos...


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TERÇA, 31 DE JANEIRO DE 2007

...olha-me e conta-me o que a tua boca não diz...

...se eu acredito em ti? sempre. sempre que a tua boca se cala e os teus olhos falam - do que me dizes, apenas o que não falas ou o que a tua alma acompanha com o brilho dos teus olhos...

...olha-me e conta-me o que a tua boca não diz...

...se não sabes usar as palavras comigo, guarda-as para depois...por agora, deixa que seja o teu corpo a usar as palavras e a tua pele a falar pelos teus lábios...

...olha-me e conta-me o que a tua boca não diz...

...depois, diz-me o que queres de mim com boca, corpo e pele...pois a tua alma eu ouço sempre que não falas palavras...

...olha-me e conta-me o que a tua boca não diz...


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SEXTA, 2 DE FEVEREIRO DE 2007

às vezes, mas só às vezes - quando nasce na pele a insegurança que sempre me fez apenas olhar-te de longe - ...penso que não deves ter a noção de como "isto" é intenso e maior...

...e apenas com um olhar, um toque suave no ombro, aquele sorriso, uma simples palavra, um sinal apenas poderias afastar esta insegurança tola e aproximar a tua pele...

porque não o fazes? diz-me, porque não o fazes? é nestas alturas que penso que não deves ter a noção de como "isto" é intenso e maior...

...e nas outras alturas eu sei que sabes e sinto que sentes que "isto" é maior...

o que te impede de esticar a mão e tocar-me? diz-me, o que te impede se sentes "isto" tão intensamente maior como eu sinto?

pensas que é o hábito que me mantém perto? enganas-te! - tenho horror a rotinas que nada sentem; os hábitos vazios nunca me prenderam e não será agora que o farão -...se continuo perto é porque sinto "isto" intensamente maior...

às vezes, mas só às vezes - quando nasce na pele a insegurança que sempre me fez apenas olhar-te de longe - ...penso que não deves querer "isto" com a mesma intensidade maior que eu sinto e quero...

...e nas outras alturas eu sei que queres e sinto que sentes que "isto" é maior...

porque não esticas a mão? diz-me...



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SÁBADO, 3 DE FEVEREIRO DE 2007

aqueço água para para o chá
- mas eu não quero beber chá, porque fui aquecer água?

bebo sumo de laranja, sem açúcar
- não quero aditivos no sabor a laranja com travo a limão verde

fui aquecer água para o chá
- mas o que eu quero beber, aqui em casa não há

......................................................

vais enterrar-me com essa música?
e vais deitar-me terra para cima?
- porque não me deitas simplesmente?

uma música que se gastou
um som que se enjoou
- é isso então que eu sou

não sou aquela
não sou a outra
não sou a de sempre
não sou a recente
...sou uma música que se gastou

das cinco - ou há mais?
sou aquela que se amputou
com medo de contágio
sou o disco riscado
pelos teus acordes desafinados
sou uma música em vinil
sem ter onde se ouvir

não sou a morena
não sou a loira
não sou a pequenina
não sou a magrinha
...sou apenas alguém que se enjoou

e eu gosto de ser apenas alguém - tu sabes
mas, para ti sou...
alguém que não ousas conhecer
alguém com quem finges ser
alguém que sentes sentir demais
alguém que fintas a cada passo
alguém com quem preferes não ser
alguém a quem rejeitas existir
alguém que tocar não queres

afinal sou uma música apenas...
e até na escolha da música,
não soubeste conhecer quem sou
- vais enterrar a música errada

vais enterrar-me com essa música?
e vais deitar-me flores para cima?
- não o faças: flores não quero!


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DOMINGO, 4 DE FEVEREIRO DE 2007

consegues sentir esta falta de ar?
consegues sentir este ardor que me enche o peito?
consegues sentir este fogo que me consome o esófago?

então porque me olhas ao longe quando me vês?
porque me queimas quando a tocas à minha frente?

consegues sentir o pulsar do sangue que grita nas veias?
consegues sentir como foge o sangue em busca de ar?

então porque me empurras enquanto me chamas?
porque me arranhas com palavras que sangram?

consegues sentir-me quando de fogo o corpo se enche?
consegues sentir-me quando na pele a lava queima?
consegues sentir-me quando sem ar respiro?

......................................................

sentes-me perto e para longe me lanças
sentes-me dentro e para fora me atiras

sentes-me e não me tocas
sentes-me e não me beijas
sentes-me e não me cheiras
sentes-me e não me olhas
sentes-me e não me ouves

sentes-me...e não me queres sentir


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SEGUNDA, 5 DE FEVEREIRO DE 2007

E o que vais fazer agora?
Já sei…
Vais brindar-me com uma qualquer citação
ou retirar do baú uma qualquer frase-feita
à dimensão da minha imperfeição

Mas vou contar-te um segredo:
há sempre mais que uma citação
- e frases-feitas então!

Não me coles palavras ensaiadas
Não tinjas o meu sentir
Não me contes um conto
ou qualquer outro ponto


A imperfeição é minha
- e dela não abro mão
Negá-la é negar-me
- e isso não farei

Excedo limites sempre meus
- os dos outros não passarei
Os meus olhos não sentes
- neles não vês o meu querer
Os teus olhos eu sinto
- e o teu querer preso vejo

O que era vento agora é vendaval
…e não são as asas que me faltam,
não é o meu querer que se quebrou
- é o teu querer que me falta


If I lay here
If I just lay here
Would you lie with me and just forget the world?


......................................................

se sentisses a intensidade do meu querer...

e para o sentires
bastava deixares o sentir querer
e quereres sentir

optas pela segurança
que em mim julgas insegura
e ao julgar não me vês...
ficarás sem saber
como em mim é firme
a segurança do meu sentir
e a solidez do meu querer

mas a imperfeição me pertence
sinto o teu querer amarrado,
e o teu sentir acorrentado
- sinto demais...
é essa a minha disfunção

sinto e quero
sentes e não queres

medo sinto...
apenas não tolero o seu dominio
sobre o sentir do meu querer
e o querer do meu sentir
medo sentes...
consentes a sua vontade
ao querer do teu sentir
e a correntes te amarras

julgas comigo estar inseguro
e eu ouso dizer,
com a liberdade da tua surdez:
- nunca tão seguro estarás,
como quando juntos sentimos
e quando juntos quisémos

com que segurança o digo?
com o encaixe das imperfeições
que ainda hoje sinto e quero

com que insegurança me sentes?
com o receio de que ao voar
sempre a ti não regresse

apenas cinco palavras:
- não julgues o meu sentir
ao julgares,
a voar para longe estás
e o teu receio,
que meu não era,
meu se tornou


...and if you only knew


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8 & ...DE FEVEREIRO DE 2007

liberto-te de mim...
para que ao voltares,
junto a mim
livre queiras ser


......................................................

Comecei a fumar na noite em que não te vi
Querendo sentir um pouco mais de ti dentro de mim
Desejando ver no fumo os contornos da tua face
Sentindo no fumo o teu intenso e leve toque em mim


......................................................

não vou fugir
mas ficar não posso

combateres-me assistir
intenso e maior
maior e intenso

não vou fugir
mas ficar não posso

com uma dor no peito
ao acaso me entreguei
maior e intensa
como te sinto
como me sinto
como "isto" sinto

não vou fugir
mas ficar não posso

quando não me vires,
lembra-te de mim
sente-me
ouve-me
pois a minha voz
mesmo distante te dirá:
"estou aqui",
maior e intensa
como "isto" permanece em mim

não vou fugir
mas ficar não posso

e ao acaso me entrego
sem forças para te ver
resistires-me
numa guerra a que não me rendo

......................................................

tantas
munições juntaste
para o que sentes
combater-me
com armas mortais

mais te sinto assim
em cada luta
um lugar mais fundo
onde me encontro em ti
e onde nos perdemos
por fim
combates a minha presença
com armas de guerra

porquê tantas munições,
pergunto,
se tão dentro estou
porque dentro comigo não ficas?

resistes
resistes-me
resistes-te


se as tuas armas
para mim não chegarem,
as minhas te darei
para me combateres sem fim
armas não vou usar
para ao que há em mim resistir
a esse combate
não me vou entregar

apenas ao acaso me rendi

......................................................

sentes-me?
diz que me sentes...
que me sentes como eu te sinto

queres-me?
diz que me queres...
que me queres como eu te quero

diz que me sentes
diz que me queres
mas diz-me baixinho...
para que possa responder com um beijo
que te sinto e quero dentro de mim


......................................................

para sempre
contigo ficarei
quando não me vires
sente-me
estarei em ti
sempre
como estás em mim
para sempre
intenso e maior

...e se disser
que em para sempre não acredito...
sentirás como é maior e intenso o que sinto?


......................................................

if you only believe in me
like i believe in you

......................................................


não vou ficar
a ver-te
combater o que sentes
a esta guerra não vou assistir

resiste
mas resiste sozinho
a esse combate
eu não me entrego
e os meus olhos
a essa luta não irão assistir

resiste
mas resiste por ti
e ao que sentes por ti combate
mas não me terás como alvo
de uma luta a que não me rendo

vou ficar
a sentir-te
combater o que sentes
mas a esta guerra
não irei assistir

não vou
ficar a ver-te
aos restos de mim
expulsares de ti
como uma virose febril
me sentisses

não vou ficar
a ver-te
combater a minha presença
com um antidoto magistral
a esse combate de mim
não vou assistir

mas força te dou
sinceramente
se é esse o teu desejo
e as armas em campo de batalha
lançaste...

não escolho armas
para te combater
resisto
e não vou resistir
mas ao teu combate de mim
não vou assistir
e ficar a ver-te
não vou

......................................................

não me digas nada
nada me poderás dizer
sente o que eu sinto
eu sinto o que tu sentes
apenas deixa-te vir
para perto de mim
deixa-te ficar
dentro de mim
não digas nada
da tua boca
quero ouvir agora
deixa-te ficar perto
bem perto
e dentro de mim


......................................................

não há palavras
para o que em palavras não cabe
não há palavras
para falar intensidade sentir
não há palavras
mas não por palavras gastas estarem
não há palavras
para dizer em ti me sentes
não há palavras
apenas sentir que palavras não há

......................................................

se acredito?
como nunca acreditei
estranho eu sei...


mas como explicar a crença
quando a ausência consome
o ar que falta nos faz?
como entender a tua presença
em mim quando em mim não estás?

estás aqui
permaneces em mim
na escuridão das vidas dos dias
sinto-te em mim
como se em mim estivesses
forte, intenso, maior

como entender "isto"?
não deveria a dor
dilacerar o que resta de nós?
como permanece "isto" aqui
bem dentro de mim?

se acredito?
como nunca acreditei
estranho eu sei...


......................................................

se com as tuas próprias mãos
o meu coração do peito arrancasses
por ti iria continuar a bater...


......................................................

e a lágrima fácil
desce...

o peito sem ar
respira o bater
a dor no calor
e fácil a lágrima
desce...

sem ar a dor
respira o peito
bate o calor
e a lágrima fácil
desce...
bate o peito
o calor respira
sem ar
e fácil a lágrima
desce...


......................................................

Porque tremem as mãos?
Porque me tremem as mãos?
Não estás aqui...!
Porque fazes as minhas mãos tremer?
Diz-me...!
Porque não estás aqui?
Porque me fazes tremer?

......................................................

Perfuras-me
o peito sempre
que não te vejo
porque sentir-te,
sinto-te dentro
sempre no peito
me perfuras

......................................................

sentes como bate o meu bater?

no peito inflamado
forte bate o coração mais cheio
bate forte e forte bate
o coração inflamado no peito

o ar que não há
a dor no peito consome
ar no ar haver não há
como quem
no ar a dor não dorme

na alma e no peito
o ar a dor mata
o peito sem ar respira
e a alma no peito inspira

o que em mim não passa

bate forte e o bater persiste
sem ar no peito existe
a alma que o coração inflamado sente
e a lágrima
que à falta de ar não resiste

......................................................

sempre que os teus olhos
os meus olhos não vêm
no peito uma lança
transpassa-me bem fundo

e o ar esvai-se como sangue
e o que resta do ar sufoca-me

o coração que sem ar no sangue bate
continua a bater e forte bate

......................................................

nunca saberás o que é ficar
quando ir
é a única forma de te ecnontrar


e quando a hora chega
tudo fica mais apertado
quando a hora chega

nas mãos a dormência cresce
na pele o tremor que devora
o resto que de mim mexe

nunca saberás o que é ficar
quando ir
é a única forma de te ecnontrar


......................................................

e quando sem ar
continua a bater
e quando tão forte bate
na presença como na ausência
bate forte mesmo sem ar

e quando assim se sente
não há ausência
ou falta de ar
que faça o bater
deixar de o ser

......................................................

ainda queres
ver os meus olhos
que procuram os teus
braços para me perder
no toque da tua alma
que sente o ar que falta
ao coração que por ti bate?

ainda sentes
como os olhos brilham
sempre que os teus
encontram o ritmo bater
no compasso descompassado
de quem sente bater
como quem fundo respira
sem ar por onde gritar?

......................................................

? ainda me queres
como eu te quero
ainda me sentes
como eu te sinto
ainda me sentes querer
como eu te quero sentir ?


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FEVEREIRO DE 2008

...e no peito rebentou um aperto tão grande como naqueles dias agressivamente violentos

...onde estás? porque teimas em ser violentamente parvo..longe

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OUTUBRO DE 2008

se estás à espera das minhas lágrimas
não as verás
se não me sentes quando o peito quase rebenta de saudades
és insensível
- até os barcos no rio estremecem quando em mim explodes

não vais sentir o sal das minhas lágrimas
não vais ver o úlcera que me cresceu na boca
não vais sentir os arrepios febris da minha pele
não vais ver a dor que sinto sempre que comigo não queres ficar

não verás a minha dor quanto mais o meu amor...
- sente-a, seu insensível, já que para além de parvo és cego

não vens...
- a amplitude do meu sorriso não é suficiente para me quereres ver

és burro...
- não vês que apenas tu podes alargar a linha do meu sorriso?

......................................................

se não sentes as minhas lágrimas
também não as consiguirás ver

se não sentes os meus gritos
também não os consiguirás ouvir

se não sentes o meu amor
também não o conseguirás tocar

se não me sentes dentro de ti
- como eu te sinto dentro de mim
nunca me conseguirás ter quanto mais sentir

......................................................

não fiques à espera de aplausos...
pois se não ouves as batidas do meu coração
para que queres ouvir os estalos das minhas mãos?


quando quiseres aplausos meus
ouve a batida do meu coração


se não ouves como bate
também não verás como sente

......................................................

show up and stay close...i'm easy

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todos os dias
de manhã quando acordas
escolhes não me ter
junto a ti

todos os dias
de noite quando adormeces
escolhes não me ter
junto a ti

todos os dias
de manhã contigo acordo
e de noite contigo adormeço
longe de ti

porque
todos os dias
escolhes não me ter
junto a ti

......................................................

quantas vezes disseste o meu nome?
quantas vezes chamaste por mim?
quantas vezes me pediste para ficar?
quantas vezes pegaste na minha mão?
quantas vezes deste um passo na minha direcção?
quantas vezes...

...e eu sempre fiquei


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18 de fevereiro de 2010

a caminho da torre de londres e o café da manhã sorri quando deparo com um starbucks… - quem diria, eu sorrir com um starbucks…
«i can’t standing losing you» e a voz do sting faz-me sentar à mesa com o cupucino «to go» na mão e um sorriso bom na face e na caneta que começa a escrever…
cada dia que passa tenho mais a certeza que és tu e sempre serás …e não, não tenho medo da palavra sempre – nunca tive –, sempre que a usei contigo…
«you are all around me»… e também vieste comigo para londres….
sei-o, porque sinto-o…é tão simples quanto isso..sempre foi…
apetece-me contar-te a noite de ontem, as minhas aventuras para chegar ao musical dos queen e como foi tão bom..de como o enredo de tão mau se tornou tão bom…
e os the cure ..e os oasis e o capucino que mal toquei porque a caneta insiste escrever-te..apesar de cada vez mais insistires em esquecer-me na tua vida…
acho que nunca gostei tanto dum starbucks..é por causa da música..acho..tenho a certeza..é sempre a música…é sempre a tua música dentrro de mim..e nossa música..
from the tate with love…
é sempre a musica e a tua presença sempre sempre que respiro..vamos ver a torre então..que por enquanto não chove…
from the tate with love…

…e até o jeff aqui apareceu…começa a chover a sério – não os pingos que cairam quase todo o dia – e entro de vez no metro em oxford circus…e, num instante, começo a ouvir palavras familiares - e desta vez não é portugês; decididamente, nunca tinha ouvido falar tanto a lingua de pessoa – porque é que há-de ser sempre camões?! – como em londres! - …e depois os sons e sim, aleluia acompanhada por uma guitarra na voz de um qualquer londrino e o fim do dia não podia ter melhor desfecho e regressas a mim e odeio-te outra vez apenas por te amar demais...

o ponto de luz da sara foi eu que trouxe comigo..gostoooo tantooo…é simplesmente sentir a paz..momentos serenos em que descanso por instantes..fico mais leve e faz-me bem, a voz da sara faz-me abrandar e fluir…gostooo…percebes agora porque é que não posso simplesmente «gostar» de ti?! «gostar» gosta-se de muita coisa..«gostar muito» gosto de morangos e de chocolate..a ti, «gostar» mesmo que «muito» não chega..eu amo-te e nunca tive medo da força da palavra..mesmo quando acompanhada por outra «sempre»…

...acho que ando a cantar pelas ruas de londres