pessoas estranhas, nós
"as pessoas nem sempre agem de acordo com o que sentem"
aprendi isto em criança, com o sangue a escorrer pela face, com as lágrimas coladas aos olhos de quem insiste em acreditar nas cores dos malmequeres, mesmo quando as folhas das árvores anunciavam a chegada do rigoroso frio do inverno.
"é complicado"..."o timing não é o melhor"..."sim..mas"..."tenho o quarto desarrumado"..."não sei..talvez..depois"
tudo se torna razão para fugir, esconder, negar, correr para longe, esquecer por instantes, enganar a pele com um toque estranho ao calor que desejas, aos olhos que procuras na incerta noite escura, numa tentativa falhada de controlar o rumo do vento.
"as pessoas fogem e o monstro está sempre lá"
mas tudo acaba por regressar quando os sons do mar estremecem ao som da tua voz, quando as ruas estão tatuadas com as tuas palavras, quando me despes de medos e dúvidas com um beijo roubado à noite vadia.
"as pessoas nem sempre agem de acordo com o que sentem"
corajosos são os que o fazem - felizes ou não, isso não interessa. corajosos são os que seguem o que sentem - no escuro da noite, de olhos tapados e sem receio de mergulhar nos sons das estranhas vidas que desfilam ao compasso das mesmas cores.
são pessoas estranhas, estas que fogem.
somos pessoas estranhas, nós os cobardes.
... e simplesmente don't know why
aprendi isto em criança, com o sangue a escorrer pela face, com as lágrimas coladas aos olhos de quem insiste em acreditar nas cores dos malmequeres, mesmo quando as folhas das árvores anunciavam a chegada do rigoroso frio do inverno.
"é complicado"..."o timing não é o melhor"..."sim..mas"..."tenho o quarto desarrumado"..."não sei..talvez..depois"
tudo se torna razão para fugir, esconder, negar, correr para longe, esquecer por instantes, enganar a pele com um toque estranho ao calor que desejas, aos olhos que procuras na incerta noite escura, numa tentativa falhada de controlar o rumo do vento.
"as pessoas fogem e o monstro está sempre lá"
mas tudo acaba por regressar quando os sons do mar estremecem ao som da tua voz, quando as ruas estão tatuadas com as tuas palavras, quando me despes de medos e dúvidas com um beijo roubado à noite vadia.
"as pessoas nem sempre agem de acordo com o que sentem"
corajosos são os que o fazem - felizes ou não, isso não interessa. corajosos são os que seguem o que sentem - no escuro da noite, de olhos tapados e sem receio de mergulhar nos sons das estranhas vidas que desfilam ao compasso das mesmas cores.
são pessoas estranhas, estas que fogem.
somos pessoas estranhas, nós os cobardes.
... e simplesmente don't know why
9 Comments:
a velha questão do «copo meio cheio meio vazio»... se tudo fosse tão fácil quanto respirar, se tudo se resumisse à velha questão do «inspira... expira...», se tudo fosse tão fácil quanto ouvir o mar e os nossos medos. é um facto, arranjamos desculpas, fugimos, escondemos o facto de que existe um monstro que nos atormenta nas horas mais inesperadas, fugimos de nós mesmos portanto... fugimos sem olhar para trás porque consideramos que «aquilo», esse assunto tão delicado e tão estranho é como o monstro escondido no armário, debaixo da cama... mas de facto nunca fugimos quando consideramos que vale a pena. porque esse sentimeno de certeza, de um impossivel tido enquanto possivel faz-nos tentar, pelo menos isso... tentar sem arranjar deculpas rafeiras... tentamos, no entanto, cheios de medo, com as pernas a tremer... não há hérois sem medo, até porque o medo é símbolo de coragem... não hérois nem cobardes em relação aos sentimentos, há é a velha questão do «vale mesmo a pena»! e se valer... então vale!
beijos grandes linda
..adoro os teus beijos! especialmente quando são bem dados...lol
;)
... sim porque beijos só bem dados e porque sim... porque quero... melhor: porque queremos e porque vale a pena!...
sim... beijos só quandovalem a pena... quando sao bonsssssssss...
e quando sao bons... sao bons!
...
"E a liberdade é uma maluca
Que sabe quanto vale um beijo"...
Beatriz, essa frase é-me familiar... Costumo ouvir isso em algum lugar... Acho que sei onde, mas prefiro não dizer onde...
se é... até porque nos encontamos em tempo de vacas magras, sim, «pessoas estranhas, nós», de facto... esquecemo-nos da importância dos beijos bem dados, daqueles que valem a pena verdadeiramente e então pensamos... "tira a mão do queixo, não penses mais nisso o que lá vai já deu o que tinha a dar quem ganhou, ganhou e usou-se disso" [...] "todos nós pagamos por tudo o que usamos o sistema é antigo e não poupa ninguém, não somos todos escravos do que precisamos"... eheheheh e se precisamos!
beijinhos linda... com beijos bem dados, sim porque merecemos e porque embora a estranheza faça parte de todos nós... não somos assim tão estranhas... por mim falo, que sei o valor de um beijo!!!! lolol
se não me engano, é a faixa nº 13 do "Dá-me Lume" (2002)..grande jorge, grandes palavras!
costumo pôr no consultório enquanto os pacientes aguardam no sofá.
;)
..correcção: (2000)
;)
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