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Fecho as pálpebras roxas, quase pretas,
Que poisam sobre duas violetas,
Asas leves cansadas de voar...
E a minha boca tem uns beijos mudos...
E as minhas mãos, uns pálidos veludos,
Traçam gestos de sonho pelo ar...
Florbela Espanca
Que poisam sobre duas violetas,
Asas leves cansadas de voar...
E a minha boca tem uns beijos mudos...
E as minhas mãos, uns pálidos veludos,
Traçam gestos de sonho pelo ar...
Florbela Espanca
1 Comments:
... eu apenas sonho, que quando os meus olhos se pigmentarem dessa cor tão singela, tao neutra, já tudo o que tivesse ao meu alcance se suceda... os beijos que de mim se soltaram estejam agora libertos e os toques sobre a pele de quem sempre quis e desejei repousem num espaço perdido... num espaço em que o tempo é dimensão suspensa, bolha de ar que se dissipa mas não se esgota...
beijos soninha! da tua doida e amiga Inês...
ah... já agora... que questão tão poética tu colocas, andré... «serei eu vida?»... se em vez de sonharmos, sentirmos, é tudo tão mais fácil e real...! A diferença de um pintor e um escultor é, que o primeiro vive na mentira, na mais profunda ilusão..., enquanto que o escultor, esse sente a matéria, a vida, as mais puras sensações... Molda um pouco os teus sonhos... torna-os em matéria e terás a resposta à tua questão... permite-te sentir, ..., por mais que doa é sempre um sentimento nobre... carpe diem!
... tudo isto é puro desvaneio da minha cabeça...
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